A Live do Vaqueiro desta última terça-feira, 25, foi marcada por grandes surpresas e fortes emoções. Acima de todas as expectativas, o programa bateu todos os seus recordes com quase quatro horas ao vivo e uma média de 800 dispositivos conectados simultaneamente nas plataformas do Jornal do Vaqueiro e TV Vaquejada. No geral, as publicações já ultrapassam a marca de 30 mil visualizações em menos de doze horas após a transmissão.

 

Entre os convidados, uma surpreendeu a todos pelo fato da sua história ser pouco conhecida nacionalmente. O primeiro treinador do Roxão não foi o vaqueiro Iran, como muitos imaginavam. A primeria pessoa que tocou o Silver Wild SLN para explorar as suas habilidades foi Antônio Rogério, um cearense da cidade de Quixadá-CE. Na época, ele era um humilde domador e, segundo ele, quando conheceu o Roxão, tudo mudou. Rogério relembrou no programa o começo da sua história. “Eu agradeço a Deus por ter colocado o Roxão na minha vida.”

 

Emocionado, Rogério destacou as suas primeiras impressões sobre o animal. Ele lembra que o Silver Wild SLN já era diferenciado desde que chegou de São Paulo, do renomado criatório de Sérgio Nouguês, o famoso SLN. “O cavalo era muito bonito, muito forte, Tordilho Negro.”. Na primeira vez que competiu em uma prova de conformação durante uma edição da Expoece, a principal exposição agropecuária do Ceará, por volta de 1996, o Roxão, com menos de 2 anos de idade, foi o campeão na sua categoria e reservado grande campeão, esta é a classe que reúne todos os equinos do evento.

 

Empolgado com a beleza, inteligência e velocidade do Silver Wild, Rogério teve a ideia de colocá-lo na pista de corrida ao lado do parceiro, o jockey Zé Erivaldo. O Roxão não decepcionou, venceu a competição e a partir daí, o tordilho largou para uma das maiores histórias do cavalo no Brasil.

 

Antônio Rogério também foi audacioso ao colocar o animal em provas de habilidade, como o enduro que envolve vários desafios tipo salto, o contorno do tambor e demais atividades que testam a capacidade dos equinos. O resultado das pistas se repetiu e o Roxão venceu de novo.

 

O treinador não conteve as lágrimas ao relembrar os tempos que não tinha nenhuma sacola para colocar as suas roupas para  ir ao trabalho e agradeceu a Deus pelo Roxão ter passando em sua vida. Ele destaca que nunca precisou bater no cavalo, pois o animal sempre correspondia as suas orientações com base nas técnicas de doma racional há 25 anos.

 

Depois do Roxão, Rogério ficou conhecido no Ceará como o seu domador. Desde aquela época, o cearense fez vários cursos. A procura por seus serviços foi aumentando a cada dia e hoje ele colhe os frutos que plantou com a oportunidade lhe dada para trabalhar com o cavalo que, no futuro, viria mudar a história da criação na Vaquejada. Hoje, Rogério ainda segue ao lado do amigo Zé Erivaldo, tem o seu próprio centro de treinamento na região metropolitana de Fortaleza-CE e ainda guarda consigo o primeiro bridão utilizado pelo o seu ex companheiro Silver Wild SLN, o Roxão.