Vaqueiros chamam a atenção para os riscos do uso de protetores piratas na Vaquejada
Uma publicação na conta do Instagram do Parque Ana Cristina, da cidade Camacan-BA, chamou a atenção para um assunto bastante importante envolvendo a segurança dos animais e competidores nas pistas de Vaquejada. Classificado como desabafo pelo próprio perfil, a postagem destacou:
“Precisamos de uma segurança maior em relação aos protetores ! Temos já exemplos de excelente opção , com muito pouco protetor soltando durante a corrida ! Vamos proteger nossos atletas ! Vamos focar em PREVENIR que aconteça algo com os nossos VAQUEIROS ! ”
Um dos primeiros a comentar foi o campeão brasileiro de Vaquejada, Pedro Militão. O vaqueiro do Team PM foi enfático. “ O protetor pirata ainda vai matar um…”.
Logo em seguida, perfil do Parque Ana Cristina explicou que a publicação era para evitar algo pior e que os organizadores de Vaquejada deviam se unir pelo uso de protetores testados e aprovados.
O assunto veio à tona após o competidor do parque sofrer um grave acidente com o rompimento do protetor de cauda durante a sua apresentação.
Atualmente, apenas uma marca é homologada pela ABVAQ, pois é a única que atendeu as exigências da Associação Brasileira de Vaquejada, assim como dos orgãos responsáveis pelo Bem Estar Animal, assim instituições que regulamentam a qualidade técnica de produtos no Brasil. O protetor de cauda também já passou por vários estudos científicos, inclusive com publicações internacionais, e que comprovaram a eficácia do acessório. Diferente do produto pirata, a versão original da peça protege o boi de qualquer lesão durante as provas.
Outro que também comentou na publicação foi o diretor de Chancelas da ABVAQ, Valter Papel.
“Infelizmente você passou por essa situação e está expondo o ocorrido, pior são aqueles que passam sempre por isso e não trazem o assunto para discussão porque não ligam. Parabéns pela lucidez e a consciência exemplar que você sempre para com a vaquejada. Infelizmente muitos não atentaram pra isso e continuam usando um produto que não nos traz garantia no quesito segurança, e não nos traz a certeza de que realmente protege os animais. Vaquejada tem disso, sempre alguém procura uma forma de não cumprir a regra, prejudicando a coletividade e nesse caso seu, o competidor diretamente. Parabéns ao Parque Ana Cristina, na pessoa de seu diretor Dr Matheus Liberato e toda sua equipe”
O tema exposto encorajou outras publicações. Foi o caso do perfil LC.Haras que descreveu uma situação semelhante durante uma prova.
“Por 02 semanas consecutivas eu passei pela mesma situação.
Pra quem não sabe, isso aí acontece quando o protetor de rabo solta. A queda é feia, e extremamente perigosa.
Sabemos que nosso esporte tem um risco relativamente alto envolvido, assumimos todos eles ao entrar em pista, no entanto alguns desses riscos são extremamente desnecessários.
Por falta de capacidade, compromisso, respeito, ou seja la do for, grande parte das corridas em nosso estado tem trabalhado com protetores de péssima qualidade, com pessoas que colocam ele sem muito comprometimento, e com isso expondo nós vaqueiros e competidores a um grande perigo.
Sei que pode acontecer de qualquer protetor soltar ocasionalmente, um acidente. Mas não dá pra achar normal que em uma corrida a maior parte deles se solte!
É preciso pensar no bem estar e segurança de TODOS os envolvidos. Espero que não precise acontecer nada de tão grave pra que organizadores de circuito e donos de corrida, se comprometam com isso!!
@abvaq deveria fiscalizar de fato aquelas não chanceladas, e cobrar pra que todo tipo de equipamento seja por ela aprovado!!!”
A Associação também se manifestou e respondeu informando que diversos estudos comprovam a ineficiência do protetor pirata. A Associação ainda destacou que faz a fiscalização nas provas por ela chanceladas e que neste caso é obrigatório o uso do protetor homologado, em um processo exigido por lei.