Foram cinco anos esperando a decisão de uma das temporadas mais acirradas do Campeonato Portal Vaquejada. Nesta quarta-feira (21), o Portal Vaqueajda e o empresário Fábio Leal publicaram em suas redes sociais o resultado do CPV 2017, categoria Profisisonal, especialidade Puxar. “Recebendo a noticia do nosso jurídico o Dr.DIEGO OLIVEIRA e Dr. ARTHUR FREIRE de que o PORTAL VAQUEJADA ganha ação judicial que garante o cavalo JET FREE como CAMPEÃO do ANO 2017, após ACÓRDÃO proferido pelo TRIBUNAL DE JUSTIÇA DA PARAÍBA, agora DEFINITIVAMENTE de FATO e de DIREITO.”

 

Em 2017, Júnior Latércio montou o garanhão Jet Free (In Memorian) e o duelo até as últimas provas foi com um outro conjunto que também estava conquistando excelentes resultados em uma das competições mais desejadas pelos criadores. Valter Xavier e Aragon Apollo paravam as arquibancadas nas disputas de cada etapa.

 

Faltando três etapas daquela temporada, o campeonato “pegou fogo” com uma arrancada fenomenal do Aragon, contestação de julgamentos e resultados, além de trocas de farpas entre os competidores.

 

As torcidas ficaram a flor da pele até a disputa no Milanny. Após o fim da prova, a direção do Campeonato Portal Vaquejada registrou a denúncia por parte da equipe CL Ranch, responsável pelo Jet Free e Júnior Latércio, no qual alegava que o Haras Guararapes havia infringido a regra de atitude antidesportiva prevista no regulamento do Campeonato Portal Vaquejada. 

Imediatamente, o CPV reuniu o corpo técnico e reviu as imagens do evento e constatou irregularidades nas apresentações dos vaqueiros envolvidos. Estava instalada definitivamente uma das maiores polêmicas da história da vaquejada brasileira.

 

Na época, o time pernambucano entrou com uma ação reivindicando os pontos e o título. O caso foi julgado, a pontuação permaneceu e o Aragon foi para a etapa do Parque Bemais em busca do título de melhor do Brasil.

 

Na disputa já no estado da Paraíba, o duelo foi até as últi

mas rodadas. O Jet Free terminou a prova em oitavo lugar. Enquanto o Aragon Apollo e Valter Xavier completaram a jornada no Parque Bemais na terceira colocação. Já Júnior levou o Jet até a décima sétima colocação e seguiu na prova em outro animal. Neste caso, o título estaria com o Aragon.

 

Graças ao empenho de Júnior Latércio, que foi até o fim montando a égua Nataly Roxa, naquela temporada representando o criador Wesley Safadão, 

o potiguar garantiu o título ao terminar empatado em primeiro lugar com Antônio Neto. Latércio comemorou a maior conquista da sua vida como o melhor vaqueiro do Brasil e encheu a pista de emoção quando os seus torcedores invadiram a arena. 

 

O fim daquela edição foi marcada por atitudes elegantes e respeitosa durante o Oscar da Vaquejada por parte das equipes, dos criadores, d

os competidores e das torcidas. De uma forma educada e simbólica, o mestre da cerimônia Rodrigo Loureiro nomeou os melhores cavalos daquela edição na categoria Profissional, especialidade Puxada, sendo o Jet Free como o melhor cavalo de esquerda e o Aragon Apollo como o melhor de direita. Rodrigo destacou ainda o altíssimo nível de competitividade daquela edição do Campeonato Portal Vaquejada.

 

Após esse embrólio, o CPV 2017 seguiu nos tribunais e permaneceu por quase cinco anos. Em 10 de Julho de 2020, o JV publicou uma matéria falando sobre a confirmação do título para o Jet Free. Naquele mesmo período, o Haras Guararapes recorreu da decisão e o assunto voltou à seara jurídica.

 

Desta vez, o Portal volta a confirmar a vitória do cavalo que partiu para a eternidade como campeão da mais longa competição da história da Vaquejada.

 

Fotos: Portal Vaquejada