A franquia da MMC Protetores de Cauda chegou ao Rio Grande do Norte. O lançamento aconteceu na noite da última terça-feira (05) no Parque Aristófanes Fernandes, em Parnamirim/RN, e reuniu autoridades do mundo da vaquejada e da política local.
A empresa vai atuar no RN com a venda e o aluguel de protetores de cauda para boi. O acessório é feito de um tipo de malha industrial coberta com látex, que quando envolto na cauda do boi, atua controlando o impacto, trazendo conforto e evitando danos físicos ao animal. Antes de chegar nas pistas, o produto passou por rigoroso processo de pesquisas em laboratório. “Foram mais de 15 mil experiências de sucesso com o boi”, lembrou Moacir Neto, um dos inventores do produto.
De acordo com o proprietário da franquia no estado, Rogério Cunha Lima, a empresa está dando um importante passo para a evolução da vaquejada. “Estamos desenvolvendo este projeto de maneira responsável para fazer a vaquejada crescer”, afirmou.
Os valores dos serviços variam entre R$ 30,00 o aluguel e R$ 200 reais a venda de cada unidade do acessório. “Estamos chegando para entender o mercado e somar junto”, disse o proprietário. A empresa atende eventos de pequeno, médio e grande porte.
O evento também contou com palestras e discussões sobre o atual cenário da vaquejada no Brasil. O diretor jurídico da Associação Brasileira de Vaquejada (ABVAQ), Leonardo Dias, alertou para os equívocos no julgamento do Supremo Tribunal Federal ao analisar a constitucionalidade do esporte no país. “O STF está julgando a vaquejada com base no regulamento antigo do esporte. Por exemplo, hoje não é permitido a quebra da maçaroca do boi”, enfatizou. Já no Senado Federal, tramita uma lei que pretende transforma a vaquejada em patrimônio cultural imaterial. “Se a lei for aprovada, em breve, a vaquejada vai poder apresentar projetos e concorrer ao financiamento de editais culturais”, finalizou Dias.
O presidente da ABVAQ, Paulo Fernando Filho, o “Cuca”, acredita que a união dos criadores, donos de parques, vaqueiros e todos que vivem da vaquejada, é fundamental para superar a crise atual. “Quando vencermos no STF a luta não vai acabar. Ainda vamos precisar vencer um leão por dia para manter nosso esporte vivo”, afirmou.
Para o secretário de agricultura do Rio Grande do Norte, Guilherme Saldanha, a atuação da MMC RN vai revelar a preocupação da vaquejada com a proteção animal. “Esse esporte é importante para a economia do estado e do Nordeste. A chegada desse equipamento representa a vaquejada, e vai apresentar melhor este esporte para a sociedade”, concluiu.
Foto: Silvio Eduardo