Em todo o Nordeste, muitas famílias tiram o sustento da Vaquejada, paixão que se espalhou por todos os estados da região. De acordo com a ABQM – Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Quarto de Milha –, são milhões de adeptos, em mais de 4 mil eventos anuais, que geram centenas de milhares de empregos. De acordo com o presidente da ABQM, Edilson de Siqueira Varejão Júnior, cerca de 10 eventos são realizados por fim de semana, o que proporciona um impacto econômico que passa dos R$ 800 milhões por ano.
No Rio Grande do Norte, 150 mil famílias tiram sustento da Vaquejada. A atividade, hoje considerada Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil (Lei 13.364/2016), gera 30 mil empregos diretos e mais de 120 mil indiretos no estado. “A Vaquejada é a festa mais tradicional do ciclo do gado nordestino. Uma atração que reúne multidões, distribui milhares de reais em prêmios, além de gerar oportunidades de emprego e renda, o que aquece a economia de onde é praticada”, destacou o presidente da ABQM.
De 14 a 18 de março, o Parque Rancho Azevedo, em São José de Mipibu, região da Grande Natal, sediará acirradas disputas por almejados títulos e R$ 360 mil em prêmios, em três grandes campeonatos da ABQM: 9º Congresso & Derby Brasileiro e a 2ª Copa dos Campeões de Vaquejada. “As provas devem atrair cerca de 3 mil pessoas por dia e gerar mais de 500 postos diretos de trabalho”, estimou Cicinho Varejão. No Rio Grande do Norte, o plantel do Quarto de Milha passa dos 10 mil animais registrados no Stud Book da associação.